Soneto Ao Velho Amigo
Amigos antigos tornam-se hábito E então o passado é, no presente, Como sentir na pele a brisa, o hálito De um mar já tão distante e, há muito, ausente... E como mar passado é sossegado, A brisa chega plácida na areia... E o vento de ontem, quiçá tornado, É na memória o sopro que passeia... O sopro na memória faz o hábito, Por isso amigo antigo é brisa, é hálito E às vezes passa tão despercebido... Mas brisa de mar lasso é mesmo assim: Começa despercebida e, por fim, Faz a vida transbordar de sentido... Rio/Outubro/1999 ***Dedicado à Tati Danielle Lins
Enviado por Danielle Lins em 04/08/2006
Alterado em 13/12/2006 |